A sapatilha de ponta:
características estruturais e de usabilidade
A sapatilha de ponta trouxe um grande desenvolvimento técnico, exigindo prática, aperfeiçoamento, e anos de estudo sobre o assunto. (ASSIS et al., 2009).
No período do desenvolvimento da técnica de ponta não existiam calçados apropriados.
Os pés das bailarinas eram acolchoados e forrados com algodão e lã, e as sapatilhas eram cerzidas nas pontas e incluídas fitas para amarração dos tornozelos.
Hoje, os modernos calçados de ponta possuem suas extremidades endurecidas com cola para maior firmeza (BARCELLOS; IMBIRRA, 2002).
Hoje, os modernos calçados de ponta possuem suas extremidades endurecidas com cola para maior firmeza (BARCELLOS; IMBIRRA, 2002).
Segundo Guimarães e Simas (2001), hoje, a estudante iniciante de Ballet recebe aulas em sapatilhas macias de couro ou lona. As aulas concentram-se nas posições básicas dos pés e dos braços no controle do tronco e na rotação externa apropriada.
É enfatizado o desenvolvimento da força, da coordenação e da graça.
Com o passar do tempo, a sapatilha de ponta é introduzida na rotina da estudante.
Com a sapatilha de ponta realiza-se a “primeira posição em ponta” do Ballet clássico que consiste, principalmente, na flexão plantar e manutenção do corpo ereto apoiado sobre o ante pé: região de apoio e sustentação para a bailarina.
Guimarães e Simas (2001) complementam que é necessário estar atento para o tipo de material e características da sapatilha que o aluno dispõe, pois uma sapatilha que deixe o pé irregular ou esteja quebrada demais pode levar a uma fratura ou lesão.
O papel do professor em orientar a escolha do calçado e sua composição material é de máxima importância.
Também concerne ao professor estimular o uso de materiais auxiliares, como: protetores de dedos (ponteiras), ajustadores entre outros.
Com a sapatilha de ponta, o esforço corporal é muito mais rígido. Além de a bailarina ter domínio das movimentações do Ballet ela deve ter força muscular suficientemente desenvolvida, uma postura ereta e consistente, e principalmente, um pé meticulosamente treinado (SIQUEIRA, 2006; ASSIS, 2009).
Perigo e Buliane (2009) apresentam dados fornecidos pelo English National Ballet onde as bailarinas profissionais inglesas chegam a inutilizar 120 pares do calçado por ano devido ao desgaste e deformação precoce das sapatilhas.
É importante ressaltar a finalidade dos principais componentes de uma sapatilha,
conforme descrevem: Perigo e Bugliani (2009), Cunningham et al. (1998), Picon e Franchi
(2007):
- a caixa: que é a estrutura confeccionada por cola (à base de água ou resina), papel, juta e tecido de algodão e que abriga os dedos dos pés;
- a plataforma: onde todo o peso do corpo da bailarina se apóia;
- a sola: de couro ou raspas de couro que auxilia as palmilhas a sustentarem o arco de pé;
- as palmilhas: que são confeccionadas, geralmente, por papel cartão rígido, originado da colagem de suas camadas com resinas;
- o tecido: cetim brilhante que reveste os calçados, sendo geralmente um tipo de polímero
com finalidade estética.
- gáspea: região que define a altura onde ficam encaixados os dedos;
- abertura: parte da caixa onde se define a largura de cima.
Os calçados são fixados às pernas das bailarinas por meio de fitas de cetim e elásticos sintéticos.
vídeo: partes que compõe a sapatilha de ponta! desmontando a sapatilha de ponta...
fonte: blogs diversos de Ballet e imagens de pesquisa do google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário